sábado, 15 de novembro de 2008

Analogia “entre “A Terra dos Meninos Pelados”, de Graciliano Ramos e” “Experiência e pobreza”, Walter Benjamin.

Vários costumes são agregados com o passar do tempo. Uma das características principais da cultura é a capacidade de transformar-se com o decorrer das gerações. Desde danças, vestimentas, utensílios ou práticas. A discussão é: O preconceito faz parte da cultura humana?

Há muito tempo que este fator está enraizado em nossa sociedade, e sempre foi passado para as novas gerações, através dos ensinamentos e experiências, de forma mais ameno em fator da conscientização, mesmo que mínima, das pessoas. Além da conscientização, outro fator foi à globalização que impôs a idéia de que todos somos iguais e temos os mesmos direitos. A partir disso podemos considerá-lo como integrante da nossa civilização. A idéia de passá-lo como experiência nos faz lembrar o texto de Walter Benjamin, “Experiência e Pobreza”, onde ele enfatiza a barbárie, tanto positiva quanto a negativa. Podemos englobar o preconceito como sendo uma barbárie negativa, uma experiência ruim, pois com esse tipo de atitude um povo não progride, não cresce e nem se transforma. Isso Faz com que haja indiferenças entre povos, que acabam tornando-se guerras e gerando muitas perdas.

Podemos fazer uma comparação, entre a obra de Graciliano Ramos, ”A Terra dos Meninos Pelados”, o texto de Benjamin, “Experiência e Pobreza” e a sociedade atual. O livro A Terra dos Meninos Pelados retrata de forma abstrata a nossa sociedade, com a presença de pessoas racistas e preconceituosas. Em seu contexto, vemos que até mesmo as crianças possuem esse tipo de atitude e isso é causado devido ao exemplo que é transmitido pelos pais. Afinal, as crianças só aprendem o que ensinamos, e isso é uma forma de se passar experiências. E esse tipo de atitude, o ato de ter preconceito está enraizado na nossa sociedade, é um fator negativo que atrasa e prende as pessoas a uma só visão, fazendo-as paralisarem num presente desigual e desatualizado. O preconceito esta aí, quebrando sonhos de crianças inocentes, destruindo vidas, excluindo indivíduos, gerando guerras, sem ninguém se importar, todos estão cegos pelo dinheiro, pelo moderno, pelo conforto que o atual trás e com certeza contribuindo para a ruína do futuro.

paul scheebart


Paul Scheerbart (pseudónimo de Bruno Küfer), um dos vultos do expressionismo alemão, nasceu em 1863 em Danzig.A partir de 1887 estabeleceu-se em Berlim, como escritor. Em 1889 fundou a editora Phantasten, onde publicou os seus primeiros trabalhos.Escreveu fantásticos contos e romances. Em 1909, o jovem editor Ernst Rowohlt publicou a primeira colectânea poética de Sheerbart, "Katerpoesie".Scheerbart esteve ligado a Herwarth Walden e à revista "Der Sturm". Morreu em 1915, com 52 anos. Foi um percursor da nova poesia da época, que acompanhou sempre.