1. O comportamento obsessivo, paroxístico do protagonista. Nelson Rodrigues não teme o exagero: seus personagens são prisioneiros de paixões avassaladoras. Tornam-se protótipos, já que o autor ultrapassa as conveniências realistas e os constrói com um vigor desmedido;
1.1. A morbidez que, no seu teatro, serve para aguçar a sensibilidade, abrindo desvãos psicológicos que de outra forma continuariam vedados, escondidos;
1.2. A ironia feroz;
1.3. Diálogo é Isento de literatice, ele é direto, enxuto, preciso, funcional. A linguagem é predominantemente coloquial;
1.4. Família e sexo – O que é socialmente transmitindo como proibição, na esfera sexual e das relações afetivas, é sistematicamente violado. Neste sentido, o seu teatro constitui uma abordagem crítica à estrutura social brasileira, cujo sistema de relações e cujos valores de base têm sua aparente segurança abalada. Neste contexto se insere os comportamentos de incesto (relação sexual entre parentes) e outras formas de relacionamento sexual culturalmente proibida (entre pessoas de mesmo sexo, entre pessoas de raças ou classes sociais diferentes...). Na família, predomina uma aura de pudor e de repressão na esfera sexual, e o autor vai explicando a quebra dos tabus familiares e sexuais, tais como a virgindade, a fidelidade, a intocabilidade entre os membros da família, o papel do pai e da mãe, e assim por diante;
1.5. A violência através da traição, do antagonismo e da exploração;
1.6. Crítica à imprensa;
1.7. Teatro de revista;
1.8. Gênero tragédia e drama;
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